14 junho 2020

Era Napoleônica 8º Ano


Era Napoleônica
BNCC: EF69LP03, EF69LP21, EF69LP30, EF08HI01, EF08HI04 E EF08HI05

Era Napoleônica - História, principais fases do período e como ...

Durante a Revolução Francesa, as disputas entre a burguesia e as camadas populares geravam uma grande tensão política que ameaçava a imposição de uma nova era política na França. Enquanto tais contendas inflamavam o contexto interno, várias monarquias da Europa se uniam com o objetivo de derrubar os defensores e os ideais destes revolucionários. Nesse tempo, a figura de um jovem militar passou a ganhar um destaque de projeções meteóricas. Nascido na Córsega, em 1769, Napoleão Bonaparte ficara conhecido pela sua invejável habilidade militar e sua capacidade de vencer batalhas que pareciam estar praticamente perdidas. Em pouco tempo, a população francesa reconheceu em sua imagem a figura de um herói defensor do ideal revolucionário. Fustigada pelas sucessivas crises internas, a burguesia viu em Napoleão a oportunidade perfeita para que as contendas políticas cessassem e o desenvolvimento econômico surgisse. Por isso, em 1799, Bonaparte teve o apoio político necessário para derrubar o Diretório que controlava seu país e organizar o Consulado. Neste novo sistema de governo, Napoleão já possuía em suas mãos as mais importantes atribuições políticas da nação.
Aproveitando da situação, logo tratou de criar o Banco da França, que deveria custear os empreendimentos burgueses e reorientar a enfraquecida economia nacional. Logo em seguida, reatou as relações do Estado com a Igreja, que passara a reconhecer a perda de suas propriedades e todas as demais satisfações que os clérigos deviam ao regime republicano. No ano de 1804, o Código Civil Napoleônico estabeleceu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
Os bons resultados de sua administração materializaram paulatinamente a conquista do poder absoluto de Napoleão na França. Coroado, Napoleão fez questão de esclarecer que assumia o trono francês na qualidade de um abnegado defensor do regime republicano. Como imperador, sustentou as conquistas camponesas com a reforma agrária, promoveu uma série de obras públicas e deu continuidade ao processo de modernização da economia.
A aparência estável do governo napoleônico instigou as monarquias europeias a se organizarem novamente contra os franceses. Vencendo batalhas de grande importância, Napoleão se tronou o senhor da Europa. Em contraste aos ganhos militares, o governo francês tinha enormes dificuldades para ampliar os números de sua economia. A hegemonia industrial britânica era o seu principal obstáculo. Visando resolver esta questão, Napoleão publicou um decreto internacional, chamado Bloqueio Continental, que proibia o comércio entre a Inglaterra e qualquer outra nação europeia. Todo o país que desobedecesse este tratado, seria implacavelmente invadido pelas tropas francesas. Em pouco tempo, não resistindo à dependência com relação aos produtos ingleses, várias nações desobedeceram ao acordo e foram invadidas por Napoleão. Apesar de expor sua hegemonia militar terrestre, as invasões napoleônicas acabaram retirando a agilidade e o poder de reação das tropas francesas. Em 1812, o descumprimento russo ao Bloqueio Continental obrigou ao estadista francês empreender uma grande investida militar que contava com seiscentos mil soldados. Surpreendido pela tática de terra arrasada e o vigor do inverno siberiano, Napoleão Bonaparte acabou perdendo milhares de soldados.
Aproveitando da situação, as tropas monarquistas da Europa se reorganizaram para derrotar o governo francês. A primeira derrota aconteceu em 1814, na cidade de Leipzig, onde Napoleão se entregou aos inimigos. Depois disso, foi exilado na pequena ilha mediterrânea de Elba para que não oferecesse maiores riscos. Entretanto, um destacamento de soldados fiéis conseguiu retirá-lo da região e devolver-lhe o controle da França. Conhecido como o “Governo de Cem Dias”, essa desesperada volta de Napoleão ao poder foi logo fustigada pelos seus inimigos na batalha de Waterloo. Dessa vez, o lendário militar foi exilado na ilha africana de Santa Helena. Seis anos mais tarde, ele morreu em consequência de uma terrível doença (provavelmente câncer) que acometia o seu estômago. 

1 – Em que contexto histórico da França Napoleão Bonaparte assumiu o governo na França?
2 – Quais foram as principais medidas adotadas por Napoleão, após assumir o poder?
3 – O que foi o Bloqueio Continental e qual o objetivo de Napoleão com esse ato?
4 – De que forma Napoleão Bonaparte foi derrotado?

Revolução Francesa - 8° Ano


REVOLUÇÃO FRANCESA 
BNCC: EF69LP03, EF69LP21, EF69LP30, EF08HI01, EF08HI04 E EF08HI05.

Revolução Francesa – Início, Objetivos e Conquistas | 2020


Revolução Francesa, que ocorreu no ano de 1789, é o evento que, segundo alguns autores, inaugura a chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do século XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a este acontecimento o caráter de marco divisor entre a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta da radicalização política que o caracterizou. Para se entender a Revolução Francesa é necessário conhecer um pouco da situação econômica e social da França do século XVIII.
Até o século XVIII, a França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo monárquico. O então rei francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. Os franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como hoje é comum em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei. O rei personificava o Estado.
Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se enquadrava: o primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o segundo estado tinha como representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa – que desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou funções jurídicas (nobreza de toga); o terceiro estado, por sua vez, era representado pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero, comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”), trabalhadores urbanos, e os camponeses, totalizando cerca de 97% da população.
Ao logo da segunda metade do século XVIII, a França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra do Sete Anos (1756-1763), contra a Inglaterra, e o auxílio dado aos Estados Unidos na Guerra de Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte absolutista francesa, que possuía um alto custo de vida, era financiada pelo estado, que, por sua vez, já gastava bastante seu orçamento com a burocracia que o mantinha em funcionamento. Soma-se a essa atmosfera duas crises que a França teria que enfrentar: 1) uma crise no campo, em razão das péssimas colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2) uma crise financeira, derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela falta de modernização econômica – principalmente a falta de investimento no setor industrial.
Os membros do terceiro estado (muitos deles influenciados pelo pensamento iluminista e pelos panfletos que propagavam as ideias de liberdade e igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais afetados pela crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e maior representação dentro da estrutura política francesa. Em julho de 1788, houve a convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do terceiro estado e os da nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de estado. Sendo assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e segundo estados contra o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores.
A burguesia, que liderava o terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é, uma assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa proposta não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro estado se declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta do primeiro e do segundo estado. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou.
Em 14 de julho de 1789, a massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do Antigo Regime e, em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de 1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto censitário, a confiscação das terras eclesiásticas, o fim do dízimo, a constituição civil do clero, dentre outros pontos. A partir deste momento, a França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional, que durou de 1791 a 1792.
A ala mais radical da Revolução, os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte, sentando-se à esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se posicionavam à direita), defendiam uma ampliação da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia.
Prevendo a ameaça que vinha dos rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante contrarrevolucionário com o apoio das monarquia austríaca e prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a França e essa declarou guerra àquela. A população parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina em 1793 e a Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano.
Com o fim da Monarquia Constitucional, houve também a dissolução da Assembleia Constituinte e a Convenção Nacional de um novo parlamento. O período da convenção se caracterizou pela forte presença do radicalismo jacobino comandando a Revolução, momento que se tornou conhecido como a fase do Terror (sobretudo por conta do uso indiscriminado da guilhotina como máquina da morte). Nomes como Robespierre, Saint-Just e Danton figuram entre os principais líderes jacobinos. Foi neste período também que a Áustria e Prússia prosseguiram sua guerra contra a França, temendo que a Revolução se espalhasse por seus territórios. No processo de confronto contra essas duas monarquias, nasceu o exército nacional francês, isto é: um exército que, pela primeira vez, não era composto de mercenários e aristocratas, mas do povo de uma nação que se via como nação.
Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma nova fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados. Mas a partir deste mesmo ano a crise social se tornou muito ampla na França, o que exigiu um contorno político mais eficaz, sob pena da volta da radicalização jacobina.
Um dos mais jovens e destacados generais da Revolução, Napoleão Bonaparte, era o nome esperado pela burguesia para dar ordem à situação política francesa. Em 1799, ao regressar do Egito à França, Napoleão encontrou um cenário conspiratório contra o governo do Diretório. Foi neste cenário que ele passou a figurar como ditador, inicialmente, dando o golpe de 18 de Brumário (segundo o calendário revolucionário), e depois como imperador da França. O Período Napoleônico durou de 1800 a 1815 e mudou o cenário político do continente europeu, ao passo que expandiu o ideal nacionalista para várias regiões do mundo.
                        Fonte: https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-francesa.htm em 16/05/2020.

Antes de responder os exercícios faça um levantamento do vocabulário do texto que você não conhece e procure o significado dessas palavras. Vale utilizar o grupo do WhatsApp para isso.
Questões:

1 – Qual era a situação política e econômica da França antes da Revolução?

2 – Faça uma pirâmide da sociedade francesa nesse período, a partir das informações fornecidas pelo texto.

3 – Por que o rei Luís XVI e sua esposa foram guilhotinados?

4 – Explique as diferenças entre Girondinos e Jacobinos.

5 – Em que contexto histórico Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França?


As Treze Colônias da América - 7° Ano








Treze Colônias Americanas
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As Treze Colônias e a Formação dos Estados Unidos - Toda Matéria

O termo Treze Colônias Americanas refere-se às unidades originais que se tornaram oficialmente independentes da Grã-Bretanha em 1783 e, mais tarde, ajudariam a formar o atual Estados Unidos da América. Eram elas: Massachusetts, Nova Hampshire, Rhode Island, Nova York, Connecticut, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia. As 13 colônias foram fundadas ao longo do século XVII por colonos ingleses que fugiram de seu país natal de um conturbado quadro político e religioso. Formadas e desenvolvidas em diferentes momentos, as 13 colônias acabaram por não ter unidade política, sendo neste sentido questionável alegar a existência de uma “América inglesa” durante o período.
Os primeiros colonos ingleses a se fixarem em terras americanas ficaram conhecidos como “pais peregrinos”. De fé puritana, eles foram romantizados pela tradição estadunidense como tendo sido os “pais da nação” após chegarem por meio do navio Mayflower, apesar da existência anterior de ampla população indígena. Entretanto, deve ser de fato atribuído aos primeiros habitantes ingleses das Américas o início do modelo de autogoverno que marcaria boa parte da trajetória das 13 colônias dali por diante. Entretanto, nas regiões do sul, eventualmente dominadas por grandes propriedades, as relações entre as colônias e a metrópole eram bem mais fortes, enquanto que no norte os pequenos proprietários contribuíram de fato para a construção paulatina de uma autonomia regional.
Na ausência de um particular interesse por parte do governo da Inglaterra em dedicar-se à cara tarefa da colonização após curta tentativa fracassada no início do século XVII, foram os colonos protestantes que protagonizaram o esforço de fixação nas novas terras. Este tinha seu centro na questão educacional: a primeira universidade norte-americana, Harvard, foi fundada na região de Massachusetts logo em 1636. Ao final do século, entretanto, a liderança protestante enfraqueceu-se, permitindo que outras formas religiosas florescessem. A região da Pensilvânia, por exemplo, nasceu como uma colônia quaker. À medida que era estabelecida uma organização política, as colônias ganharam governadores, conselhos e assembleias que estabeleceram definitivamente a participação política da população inglesa em detrimento da nativa. Isso se deu em paralelo ao processo de desenvolvimento econômico das colônias, que ocorreram de formas diferenciadas de acordo com as realidades geográficas específicas.
As colônias localizadas ao norte – conhecidas em seu conjunto como Nova Inglaterra - tinham um clima mais similar ao existente na Europa, e, assim, pouco poderiam produzir que instigasse uma procura comercial daquele continente. Naturalmente, portanto, acabou por se construir uma economia manufatureira voltada mais ao mercado interno, formada em sua maior parte por trabalho familiar livre ou assalariado, embora também ali existisse o centro do que seria conhecido como “comércio triangular”. Feito entre a região em questão, a África e as Antilhas, ele envolvia basicamente a compra de melado e cana-de-açúcar das Antilhas, que após serem transformados em rum na Nova Inglaterra eram trocados por escravos em África. Os escravos, então, eram vendidos para trabalhar forçosamente nas Antilhas, reiniciando o processo econômico. As colônias localizadas ao sul, por sua vez, tinham um clima mais tropical, podendo desenvolver uma economia mais atiçadora perante a Europa. A região seria marcada pela monocultura de tabaco, produzida em maior parte por mão-de-obra escrava. Apesar de ser extremamente lucrativa, a economia das colônias do sul também as colocavam em dependência da Inglaterra, de onde compravam grande parte do que necessitavam cotidianamente.
Além das colônias do norte e do sul, existiam também as colônias centrais. Dominadas originalmente pelos holandeses, elas foram as últimas das 13 colônias originais a caírem sobre o domínio inglês, e tinham uma economia agrícola formada em sua maior parte por trabalhadores livres em pequenas propriedades, apesar de também possuir manufaturas. (...)      
                      Fonte: https://www.infoescola.com/historia/treze-colonias-americanas/, em 03/06/2020.
Use o verso da folha para responder as questões.
1 – Como surgiram as treze colônias?
2 – Como era a relação da Inglaterra com essas colônias?
2 – Quem eram os “pais peregrinos” segundo o texto?
3 – Aponte as diferenças entre as colônias do Norte, do Centro e do Sul.
4 – Explique como funcionava o comércio triangular.

A Colonização da América Espanhola - 7° Ano


A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA

Semeadores e ladrilhadores? Entenda como ocorreu a colonização da ...

(BNCC: EF69LP03, EF69LP21, EF69LP30, EF07HI02, EF07HI03, EF07HI08, EF07HI09, EF07HI10, EF07HI13, EF07HI14, EF07HI16.)
“Os espanhóis, logo após empreenderem um sangrento processo de dominação das populações indígenas da América, efetivaram o seu projeto colonial nas terras a oeste do Tratado de Tordesilhas. Para isso montaram um complexo sistema administrativo responsável por gerir os interesses da Coroa espanhola em terras americanas. Todo esse esforço deu-se em um curto período de tempo. Isso porque a ganância pelos metais preciosos motivava os espanhóis.
As regiões exploradas foram divididas em quatro grandes vice-reinados: Rio da Prata, Peru, Nova Granada e Nova Espanha. Além dessas grandes regiões, havia outras quatro capitanias: Chile, Cuba, Guatemala e Venezuela. Dentro de cada uma delas, havia um corpo administrativo comandado por um vice-rei e um capitão-geral designados pela Coroa. No topo da administração colonial havia um órgão dedicado somente às questões coloniais: o Conselho Real e Supremo das Índias.
Todos os colonos que transitavam entre a colônia e a metrópole deviam prestar contas à Casa de Contratação, que recolhia os impostos sob toda riqueza produzida. Além disso, o sistema de porto único também garantia maior controle sobre as embarcações que saiam e chegavam à Espanha e nas Américas. Os únicos portos comerciais encontravam-se em Veracruz (México), Porto Belo (Panamá) e Cartagena (Colômbia). Todas as embarcações que saíam dessas regiões colônias só podiam desembarcar no porto de Cádiz, na região da Andaluzia.
Responsáveis pelo cumprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial, os chapetones eram todos os espanhóis que compunham a elite colonial. Logo em seguida, estavam os criollos. Eles eram os filhos de espanhóis nascidos na América e dedicavam-se a grande agricultura e o comércio colonial. Sua esfera de poder político era limitada à atuação junto às câmaras municipais, mais conhecidas como cabildos.
Na base da sociedade colonial espanhola, estavam os mestiços, índios e escravos. Os primeiros realizavam atividades auxiliares na exploração colonial e, dependendo de sua condição social, exerciam as mesmas tarefas que índios e escravos. Os escravos africanos eram minoria, concentrando-se nas regiões centro-americanas. A população indígena foi responsável por grande parte da mão de obra empregada nas colônias espanholas. Muito se diverge sobre a relação de trabalho estabelecida entre os colonizadores e os índios.
Alguns pesquisadores apontam que a relação de trabalho na América Espanhola era escravista. Para burlar a proibição eclesiástica a respeito da escravização do índio, os espanhóis adotavam a mita e a encomienda. A mita consistia em um trabalho compulsório onde parcelas das populações indígenas eram utilizadas para uma temporada de serviços prestados. Já a encomienda funcionava como uma “troca” onde os índios recebiam em catequese e alimentos por sua mão-de-obra.
No final do século XVIII, com a disseminação do ideário iluminista e a crise da Coroa Espanhola (devido às invasões napoleônicas) houve o processo de independência que daria fim ao pacto colonial, mas não resolveria o problema das populações economicamente subordinadas do continente americano.”
                        Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/colonizacao-espanhola.htm em 16/05/2020.
Utilize o verso da folha para responder as questões abaixo:

1 – De que forma os espanhóis organizaram a administração de suas colônias na América?
2 – Quais as razões apontadas no texto para a adoção do sistema de porto único?
3 – Quem eram os chapetones e os criollos e quais suas funções nas colônias espanholas?
4 – Qual foi a relação de trabalho estabelecida entre os colonizadores e os índios? Explique o que era a mita e a encomenda.
5 – Quais acontecimentos apontados no texto contribuíram para a independência das colônias espanholas?