02 julho 2020

Colonização Portuguesa na América

COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMÉRICA

 (BNCC: EF69LP03, EF69LP21, EF69LP30, EF07HI02, EF07HI08, EF07HI09, EF07HI12)

 

Brasil Colônia, na História do Brasil, é a época que compreende o período de 1530 a 1822.  Este período começou quando o governo português enviou ao Brasil a primeira expedição colonizadora chefiada por Martim Afonso de Souza.  Em 1532, ele fundou o primeiro núcleo de povoamento, a Vila de São Vicente, no litoral do atual estado de São Paulo.

Período Pré-Colonial

Logo após a chegada dos portugueses à sua nova colônia, a primeira atividade econômica girava em torno da exploração do pau-brasil, existente em grande quantidade na costa brasileira, principalmente no nordeste do País. Esse período ficou conhecido como Ciclo do Pau-Brasil.  A exploração do pau-brasil foi meramente extrativista e não deu origem a uma ocupação efetiva.  O trabalho de derrubar árvores e preparar a madeira para embarque era feito pelos indígenas e uns poucos europeus que permaneciam em feitorias na costa.  Explorado de forma predatória, as árvores próximas da costa desapareceram já na década de 1520.

O Início da Colonização

Várias expedições foram enviadas por Portugal, visando reconhecer toda costa brasileira e combater os piratas e comerciantes franceses.  As mais importantes foram as comandadas por Cristóvão Jacques (1516 e 1526), que combateu os franceses.  Também Martim Afonso de Sousa (1532), combateu a pirataria francesa. Da mesma forma, ele instalou em São Vicente, a primeira povoação dotada de um engenho para produção de açúcar.  Para colonizar o Brasil e garantir a posse da terra, em 1534, a Coroa dividiu o território em 15 capitanias hereditárias. Estas eram imensos lotes de terra que se estendiam do litoral até o limite estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas.  Esses lotes foram doados a capitães (donatários), pertencentes à pequena nobreza lusitana que, por sua conta promoviam a defesa local e a colonização.  A empresa açucareira foi escolhida, porque apresentava possibilidade de vir a ser um empreendimento altamente lucrativo, abastecendo o grande mercado de açúcar da Europa.  Foi no nordeste do país que a atividade açucareira atingiu seu maior grau de desenvolvimento, principalmente nas capitanias de Pernambuco e da Bahia.  Nos séculos XVI e XVII, o Nordeste tornou-se o centro dinâmico da vida social, política e econômica do Brasil.

O Governo Geral

O sistema de Governo Geral foi criado em 1548, pela Coroa, com o objetivo de organizar a administração colonial.

O primeiro governador foi Tomé de Souza (1549 a 1553), que recebeu do governo português, um conjunto de leis. Estas determinavam as funções administrativas, judicial, militar e tributária do Governo Geral.  O segundo governador geral foi Duarte da Costa (1553 a 1558), e o terceiro foi Mem de Sá (1558 a 1572).  Em 1572, depois da morte de Mem de Sá e de seu sucessor Dom Luís de Vasconcelos, o governo português dividiu o Brasil em dois governos cuja unificação só voltou em 1578: Governo do Norte, com sede em Salvador; Governo do Sul, com sede no Rio de Janeiro.

Em 1580, Portugal e todas as suas colônias, inclusive o Brasil, ficaram sob o domínio da Espanha, situação que perdurou até 1640. Este período é conhecido como Unificação Ibérica.  Em 1621, ainda sob o domínio espanhol, o Brasil foi novamente dividido em dois estados: o Estado do Maranhão e o Estado do Brasil. Essa divisão durou até 1774, quando o Marquês do Pombal decretou a unificação.

                                          Fonte: https://www.todamateria.com.br/brasil-colonia/, em 22/06/2020.

 

Leia o texto com atenção antes de começar a responder.  Responda às questões no verso da folha.

 

1 – Por que o período de 1500 a 1530 é chamado no texto de “Período Pré-Colonial”?

2 – Explique como era feita a exploração do Pau-Brasil.

3 – Por quais razões o portugueses resolveram implantar o sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil?

4 – Como funcionava o sistema de Capitanias Hereditárias?

5 - Qual o objetivo da implantação do Governo Geral no Brasil?

Complemento:

Segunda Guerra Mundial

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

(BNCC: EF69LP03, EF69LP21, EF69LP30, EF09HI13, EF09HI14, EF09HI15, EF09HI16)

 

A Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre 1939 e 1945, é assim chamada por ter se tratado de um conflito que extrapolou o espaço da Europa, continente dos principais países envolvidos. Além do norte da África e a Ásia, o Havaí, território estadunidense, com o ataque japonês a Pearl Harbor, foi também palco de disputas territoriais e ataques inimigos.

Compreender o que levou à eclosão do conflito implica lembrar as consequências da Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, culminando com a derrota alemã e a assinatura, entre as potências europeias envolvidas, do Tratado de Versalhes, que, culpando a Alemanha pela guerra, declarou a perda de suas colônias e forçou o desarmamento do país. Diante desse quadro, o país derrotado enfrenta grande crise econômica, agravada pela chamada Crise de 1929. Iniciada nos Estados Unidos da América, que ao fim da Primeira Guerra tinham se estabelecido como a grande economia mundial e financiador da reconstrução da Europa devastada pela guerra, entraram em colapso econômico, levando consigo as economias de países dependentes da sua e agravando as dificuldades econômicas na Europa.

O agravamento da crise econômica aumentou o sentimento de derrota e fracasso entre alemães e alemãs, que viram nos ideais do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Partido Nazista, a saída para a situação enfrentada pelo país. A frente do Partido, fundado em 1920, estava Adolf Hitler, que chegou ao poder em 1933, defendendo ideias como a da superioridade do povo alemão, da culpabilização dos judeus pela crise econômica e da perseguição, isolamento e eliminação dos mesmos e de outros grupos como ciganos, homossexuais e deficientes físicos e mentais. Pregava ainda a teoria do espaço vital (Lebensraum), a qual defendia a unificação do povo alemão, então, disperso pela Europa e seria utilizada como justificativa para o expansionismo nazista.

Também na Itália a crise econômica do Período Entreguerras foi aproveitada por um grupo político antiliberal e anticomunista, que via na formação de um Estado forte a solução para os problemas econômicos e sociais. Tal grupo organizou-se como Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que em 1922 foi nomeado primeiro-ministro pelo rei Vítor Emanuel III. Mussolini, chamado pelos italianos de duce, combateu rivais políticos e defendeu a expansão territorial italiana, culminando na invasão da Etiópia em 1935 e na criação da chamada África Oriental Italiana, anexada à Itália.

Os dois líderes totalitários, Hitler e Mussolini, assinaram em 1936 um tratado de amizade e colaboração entre seus países. Estava formado o Eixo Roma-Berlim, que em 1940 passaria a ser Eixo Roma-Berlim-Tóquio, marcando a aliança do Japão com os dois países europeus, formalizada com a assinatura do Pacto Tripartite, que garantia a proteção dos três países entre si. Estava formado o Eixo, que durante o conflito mundial enfrentaria os Aliados, aliança formada inicialmente por Inglaterra e França que mais tarde contou com a entrada de outros países, como os Estados Unidos, em 1941, após sofrer um ataque japonês na ilha de Pearl Harbor, seu território no Oceano Pacífico; a União Soviética, em 1941, quando a Alemanha de Hitler quebrou o Pacto Germano-Soviético de não agressão assinado dois anos antes; e até mesmo o Brasil, que em 1942 saiu da neutralidade e entrou na Guerra, em 1944 enviou combatentes (Força Expedicionária Brasileira) para combater na Europa.

Mas o que, afinal, levou à eclosão da guerra?

Os nazistas decidiram levar a teoria do espaço vital adiante, promovendo assim o  expansionismo alemão, primeiramente com a anexação da Áustria, em 1938, depois com a tentativa de incorporar a região dos Sudetos, na Tchecoslováquia, pois ali viviam cerca de 3 milhões de falantes da língua alemã. França e Reino Unido acordaram com a Alemanha, na Conferência de Munique, a anexação de apenas 20% do território tcheco, mas Hitler não respeitou acordo, ocupando e em 1939 todo o país. O próximo passo foi a invasão da Polônia na tentativa de recuperar Danzig, cidade perdida pelos alemães na Primeira Guerra. França e Reino Unido exigiram que os alemães voltassem atrás e, diante da negativa de Hitler, declararam guerra à Alemanha em 3 de setembro de 1939. Tinha início o conflito mais destrutivo da história.

 

A guerra relâmpago

Erich Von Manstein, general alemão, foi o principal responsável pelo desenvolvimento da Blitzkrieg, a guerra relâmpago, uma tática militar que tinha como objetivo destruir o inimigo por sua surpresa, rapidez e brutalidade. Tal técnica foi utilizada nas invasões alemãs da Polônia e da França, que levaram pouco mais de um mês para se consolidar, haja vista a eficiência da na África, Egito Marrocos e Argélia eram conquistados pelas forças Aliadas.

Antissemitismo

Além do expansionismo e das disputas territoriais, a perseguição a grupos étnicos, sobretudo aos judeus e ciganos, foi uma realidade na Segunda Guerra Mundial. Para o nazismo, os judeus eram os grandes culpados pela crise do país passara no Período Entreguerras, devendo, portanto, ser combatidos. Antes da eclosão da guerra, políticas segregacionistas já eram colocadas em prática pelos nazistas, como a obrigatoriedade da identificação pelo uso de uma Estrela de Davi, símbolo religioso do judaísmo; proibição do casamento entre judeus e alemães; demissão de judeus de cargos públicos; criação dos guetos e de campos de concentração; e a mais radical de todas, a chamada solução final, que consistia na eliminação de prisioneiros através do uso de gás tóxico.

Fim da guerra

Os Aliados começaram a derrotar o Eixo em 1942. No Pacífico, Estados Unidos e Austrália derrotaram os japoneses. Em fevereiro de 1943, os nazistas perderam a batalha de Stalingrado, na União Soviética, e foram expulsos da Bulgária, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia. Na África, Egito Marrocos e Argélia foram conquistados pelos forças Aliadas. Em julho do mesmo ano, Vitor Emanuel III, rei da Itália, destituiu Mussolini do governo e assinou a rendição italiana aos Aliados. No dia 6 de junho de 1944, os Aliados desembarcaram na Normandia, França, na operação que ficou conhecida como “Dia D”. Era o início da libertação francesa e, no fim de agosto, Paris estava livre. Em 2 de maio de 1945, soviéticos e estadunidenses tomaram Berlim, dois dias depois do suicídio de Hitler e do alto-comando do Partido Nazista. Iniciou-se o processo de rendição das tropas nazistas, colocando, assim, fim à guerra na Europa. Só o Japão resistia, mas, em agosto, diante das bombas atômicas jogadas pelos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki, o imperador Hirohito se rendeu aos Aliados. Chegava ao fim a Segunda Guerra Mundial, deixando cerca de 50 milhões de mortos e 35 milhões de feridos.

Os países vencedores levaram oficiais nazistas a julgamento no Tribunal de Nuremberg, criado para esse fim, sob acusação de crimes contra a humanidade. Outra consequência da guerra foi a criação, em 1945, da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo é mediar conflitos entre países a fim de evitar novas guerras.

                                              Fonte: https://www.infoescola.com/historia/segunda-guerra-mundial/, em 23/06/2020.

 

 

1 – Segundo o texto quais foram os motivos que levaram à Segunda Guerra Mundial?

2 – Quais eram os ideais defendidos por Adolf Hitler na Alemanha?

3 – De acordo com o texto, o que levou ao início do conflito?

4 – Explique o antissemitismo alemão.

5 – O que foi o “Dia D” e qual sua importância para a derrota do Eixo?

 Complemento:

Videoaulas: https://www.youtube.com/watch?time_continue=113&v=mrR2Qc53gQs&feature=emb_logo

https://www.youtube.com/watch?v=Um4SK1QbKss

Sobre Hitler: https://www.youtube.com/watch?v=k3jCr6vYqZU

Sobre o Holocausto: https://www.youtube.com/watch?v=UsNGTitylX4

Sobre Hiroshima: https://www.youtube.com/watch?v=PafK2MC7vSo

https://www.youtube.com/watch?v=RE2TWzahyiQ

Filmes:

            O Pianista: https://www.youtube.com/watch?v=SYwYEZ-cOFo

            “O Resgate do Soldado Ryan”


Bloqueio Continental e a Família Real no Brasil

Bloqueio Continental

O Bloqueio Continental foi um decreto datado de 21 de novembro de 1806, que consistia em impedir o acesso a portos dos países dominados pelo Império Francês a navios do Reino Unido da Grã Bretanha (Inglaterra) e Irlanda. Com isso, o principal objetivo era isolar economicamente as Ilhas Britânicas, sufocando suas relações comerciais.  Napoleão justificou tal violação do direito internacional como uma represália à ação de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido.  Mas, para que o Bloqueio Continental tivesse total eficácia, a França dependia de que todos os países da Europa aderissem à ideia, e para isso era necessária a adesão de todos os portos localizados nos extremos do Continente. Os portos dos impérios russo, austríaco e português eram os quais Napoleão precisava para seu êxito total no decreto. O acordo de Tilsit, firmado com o Czar Alexandre I da Rússia em julho de 1807, garantiu o encerramento do extremo leste da Europa. Agora faltava o extremo Oeste, onde ficavam os portos das cidades de Lisboa e do Porto, pertencentes ao império português.  O Governo de Portugal se recusava a aderir ao bloqueio devido à sua aliança com a Inglaterra, da qual era extremamente dependente. Suas riquezas vinham de suas colônias, principalmente do Brasil. Com um reino decadente, Portugal não tinha como enfrentar Napoleão.

A Inglaterra reagiu, e em janeiro de 1807 foram emitidas algumas ordenanças que institucionalizaram o comportamento da Marinha Real Britânica com relação aos navios neutros que tinham como destino os portos franceses. Os navios abordados em alto-mar eram capturados e vendidos em leilão, além de ter toda a carga sequestrada. Como resultado, as mercadorias coloniais desapareceram dos mercados dos países que aderiram ao bloqueio.  Em agosto de 1807, Napoleão enviou um ultimato ao Príncipe Regente de Portugal, D. João (que viria a se tornar D. João VI). Ou ele rompia com a Inglaterra, ou Portugal seria invadido pelas tropas francesas. Mas, a Inglaterra ofereceu proteção à Família Real Portuguesa e forçou D. João á aceitar o embarque para o Brasil. (Leia: a Vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil).  O bloqueio ficou mal visto pelas nações “aliadas” à França e isto contribuiu para reduzir o prestigio de Napoleão nas terras por ele conquistadas.

Fonte: https://www.infoescola.com/historia/bloqueio-continental/, em 22/06/2020

 

A Vinda da Família Real para o Brasil

vinda da família real portuguesa para o Brasil ocorreu em 28 de novembro de 1807 e a comitiva aportou no Brasil em 22 de janeiro de 1808.  O refúgio no Brasil foi uma manobra inédita do Príncipe-Regente, D. João, para garantir que Portugal continuasse independente quando foi ameaçado de invasão por Napoleão Bonaparte.  Para garantir o êxito da transferência, o reino de Portugal teve apoio da Inglaterra, que também auxiliou na expulsão das tropas napoleônicas.

Por que a Família Real veio para o Brasil?

Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental determinando que os países europeus fechassem os portos para os navios da Inglaterra.  Enquanto isso, negociou secretamente o Tratado de Fontainebleau (1807) com os espanhóis que permitiria os franceses atravessar a Espanha para invadir Portugal. Em troca, o reino espanhol poderia se apoderar de um pedaço do território português.  Portugal não aderiu ao bloqueio continental devido à longa aliança política e comercial com os ingleses e, por este motivo, Napoleão ordenou a conquista, ocorrida em novembro de 1807.  Antes disso, em 22 de outubro de 1807, o príncipe regente D. João e o rei da Inglaterra Jorge III (1738-1820) assinaram uma convenção secreta que transferia a sede monárquica de Portugal para o Brasil.  Neste mesmo documento, ficava estabelecido que as tropas britânicas se instalariam na ilha da Madeira temporariamente. Por sua parte, o governo português comprometeu-se em assinar um tratado comercial com a Inglaterra após fixar-se no Brasil.  O príncipe regente, Dom João, determinou que toda a família real seria transferida para o Brasil. Também viajariam os ministros e empregados, totalizando 15,7 mil pessoas que representavam 2% da população portuguesa.  Atualmente, estes números estão sendo revistos, pois muitos historiadores consideram a cifra exagerada.

 

Embarque

Foram necessários oito naus, três fragatas, três brigues e duas escunas para o transporte. Outros 4 navios da esquadra britânica acompanhavam a corte.  Além das pessoas, foram embarcados no dia 28 de novembro de 1807, móveis, documentos, dinheiro, obras de arte e a real biblioteca. Aos que ficaram, lhes foi aconselhado receber de maneira pacífica os invasores para evitar derramamento de sangue.  O general Junot (1771-1813), comandante da invasão, ficou em Lisboa até agosto de 1808 quando foi derrotado pelos ingleses. A partir daí, Portugal era governado pelo Conselho de Regência integrados por fidalgos do reino.

Travessia

A viagem ocorreu em condições insalubres e durou 54 dias até Salvador (BA), onde desembarcou no dia 22 de janeiro de 1808. Na capital baiana foram recebidos com festas e ali permaneceram por mais de um mês.  No período em que esteve na Bahia, o Príncipe Regente assinou o Tratado de Abertura dos Portos às Nações Amigas e criou a Escola de Cirurgia da Bahia.  No dia 26 de fevereiro, a corte partiu para o Rio de Janeiro, que seria declarada capital do Império.

A chegada no Rio de Janeiro ocorreu em 7 de março de 1808. Havia poucos alojamentos disponíveis para acomodar a comitiva palaciana e muitas residências foram solicitadas para recebê-los.  As casas que eram escolhidas pelos nobres recebiam em sua fachada a inscrição P.R., que significava "Príncipe Regente" e indicava a saída dos moradores para disponibilizar o imóvel.  No entanto, a população interpretou a sigla, ironicamente, como "Ponha-se na Rua".

Consequências

Quartéis e conventos também foram usados para acomodar a corte. A mudança da Família Real e sua comitiva contribuiu para significativas mudanças no Rio de Janeiro, pois foram realizados melhoramentos e levantados novos edifícios públicos.  O mesmo ocorreu com o mobiliário e a moda. Com a abertura dos portos, o comércio foi diversificado, passando a oferecer serviços como o de cabeleireiros, chapeleiros, modistas.  D. João também abriu a Imprensa Régia, de onde surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Foram criadas a Academia da Marinha, a Academia Militar, o Jardim Botânico, a Real Fábrica de Pólvora, Laboratório Químico-Prático, etc.

Vida Cultural

A arte, contudo, está entre os setores que mais recebeu impacto da transferência da corte. A Real Biblioteca de Portugal foi transferida integralmente de Lisboa para o Rio de Janeiro, em 1810.  O acervo inicial, de 60 mil volumes, era composto por livros, mapas, manuscritos, estampas e medalhas e foi a base para a atual Biblioteca Nacional.  Para o entretenimento dos integrantes da corte, foi fundado em 1813 o Real Teatro São João, onde atualmente se encontra o Teatro João Caetano.  Na música, o compositor português Marcos Portugal se encontrou com um talento a altura do Padre José Maurício, e dessa rivalidade, surgiram as mais belas melodias nas Américas.  Com o fim das guerras napoleônicas, vários artistas franceses se veem sem trabalho e recorrem a Dom João para seguir suas carreiras. Tem início, assim, a chamada Missão Francesa que possibilitou a abertura da Escola Real de Artes Ciências e Ofícios.

Tratado de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação

A fim de estreitar os laços comerciais e políticos com os ingleses, Dom João assina, em 1810, o Tratado de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação com o Reino Unido.  Este Tratado estabelecia:  o direito da extraterritorialidade. Isto permitia aos súditos ingleses que cometesse crimes em domínios portugueses serem processados por magistrados ingleses, segundo a lei inglesa; a permissão para construir cemitérios e templos protestantes; a segurança de que a Inquisição não seria implantada no Brasil e, desta maneira, os protestantes não seriam incomodados; vantagens comerciais. O imposto de importação de produtos ingleses seria de 15%, ou seja, os produtos portugueses, 16%, e os demais países, 24% em nossas alfândegas.  O compromisso do fim do tráfico negreiro em vistas da abolição da escravidão.

    Fonte:https://www.todamateria.com.br/a-vinda-da-familia-real-para-o-brasil/, em 22/06/2020.

 

Leia os textos com atenção antes de responder. Utilize outra folha para responder as questões e ponha nome, série e número nessa folha e na folha de respostas. Responda com capricho e procure explicar detalhadamente em suas respostas, com base nos textos.

 

1 – Qual era o objetivo principal do Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte?

2 – Por quais razões Portugal não acatou ao Bloqueio Continental?

3 - Qual o interesse dos ingleses em proteger a Corte portuguesa?

4 – De que forma o governo português resolveu o problema da falta de acomodação para a Corte Portuguesa?

5 – O que aconteceu com a cultura do Rio de Janeiro, com a presença da família real portuguesa?

Complemento:

14 junho 2020

Era Napoleônica 8º Ano


Era Napoleônica
BNCC: EF69LP03, EF69LP21, EF69LP30, EF08HI01, EF08HI04 E EF08HI05

Era Napoleônica - História, principais fases do período e como ...

Durante a Revolução Francesa, as disputas entre a burguesia e as camadas populares geravam uma grande tensão política que ameaçava a imposição de uma nova era política na França. Enquanto tais contendas inflamavam o contexto interno, várias monarquias da Europa se uniam com o objetivo de derrubar os defensores e os ideais destes revolucionários. Nesse tempo, a figura de um jovem militar passou a ganhar um destaque de projeções meteóricas. Nascido na Córsega, em 1769, Napoleão Bonaparte ficara conhecido pela sua invejável habilidade militar e sua capacidade de vencer batalhas que pareciam estar praticamente perdidas. Em pouco tempo, a população francesa reconheceu em sua imagem a figura de um herói defensor do ideal revolucionário. Fustigada pelas sucessivas crises internas, a burguesia viu em Napoleão a oportunidade perfeita para que as contendas políticas cessassem e o desenvolvimento econômico surgisse. Por isso, em 1799, Bonaparte teve o apoio político necessário para derrubar o Diretório que controlava seu país e organizar o Consulado. Neste novo sistema de governo, Napoleão já possuía em suas mãos as mais importantes atribuições políticas da nação.
Aproveitando da situação, logo tratou de criar o Banco da França, que deveria custear os empreendimentos burgueses e reorientar a enfraquecida economia nacional. Logo em seguida, reatou as relações do Estado com a Igreja, que passara a reconhecer a perda de suas propriedades e todas as demais satisfações que os clérigos deviam ao regime republicano. No ano de 1804, o Código Civil Napoleônico estabeleceu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
Os bons resultados de sua administração materializaram paulatinamente a conquista do poder absoluto de Napoleão na França. Coroado, Napoleão fez questão de esclarecer que assumia o trono francês na qualidade de um abnegado defensor do regime republicano. Como imperador, sustentou as conquistas camponesas com a reforma agrária, promoveu uma série de obras públicas e deu continuidade ao processo de modernização da economia.
A aparência estável do governo napoleônico instigou as monarquias europeias a se organizarem novamente contra os franceses. Vencendo batalhas de grande importância, Napoleão se tronou o senhor da Europa. Em contraste aos ganhos militares, o governo francês tinha enormes dificuldades para ampliar os números de sua economia. A hegemonia industrial britânica era o seu principal obstáculo. Visando resolver esta questão, Napoleão publicou um decreto internacional, chamado Bloqueio Continental, que proibia o comércio entre a Inglaterra e qualquer outra nação europeia. Todo o país que desobedecesse este tratado, seria implacavelmente invadido pelas tropas francesas. Em pouco tempo, não resistindo à dependência com relação aos produtos ingleses, várias nações desobedeceram ao acordo e foram invadidas por Napoleão. Apesar de expor sua hegemonia militar terrestre, as invasões napoleônicas acabaram retirando a agilidade e o poder de reação das tropas francesas. Em 1812, o descumprimento russo ao Bloqueio Continental obrigou ao estadista francês empreender uma grande investida militar que contava com seiscentos mil soldados. Surpreendido pela tática de terra arrasada e o vigor do inverno siberiano, Napoleão Bonaparte acabou perdendo milhares de soldados.
Aproveitando da situação, as tropas monarquistas da Europa se reorganizaram para derrotar o governo francês. A primeira derrota aconteceu em 1814, na cidade de Leipzig, onde Napoleão se entregou aos inimigos. Depois disso, foi exilado na pequena ilha mediterrânea de Elba para que não oferecesse maiores riscos. Entretanto, um destacamento de soldados fiéis conseguiu retirá-lo da região e devolver-lhe o controle da França. Conhecido como o “Governo de Cem Dias”, essa desesperada volta de Napoleão ao poder foi logo fustigada pelos seus inimigos na batalha de Waterloo. Dessa vez, o lendário militar foi exilado na ilha africana de Santa Helena. Seis anos mais tarde, ele morreu em consequência de uma terrível doença (provavelmente câncer) que acometia o seu estômago. 

1 – Em que contexto histórico da França Napoleão Bonaparte assumiu o governo na França?
2 – Quais foram as principais medidas adotadas por Napoleão, após assumir o poder?
3 – O que foi o Bloqueio Continental e qual o objetivo de Napoleão com esse ato?
4 – De que forma Napoleão Bonaparte foi derrotado?

Revolução Francesa - 8° Ano


REVOLUÇÃO FRANCESA 
BNCC: EF69LP03, EF69LP21, EF69LP30, EF08HI01, EF08HI04 E EF08HI05.

Revolução Francesa – Início, Objetivos e Conquistas | 2020


Revolução Francesa, que ocorreu no ano de 1789, é o evento que, segundo alguns autores, inaugura a chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do século XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a este acontecimento o caráter de marco divisor entre a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta da radicalização política que o caracterizou. Para se entender a Revolução Francesa é necessário conhecer um pouco da situação econômica e social da França do século XVIII.
Até o século XVIII, a França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo monárquico. O então rei francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. Os franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como hoje é comum em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei. O rei personificava o Estado.
Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se enquadrava: o primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o segundo estado tinha como representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa – que desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou funções jurídicas (nobreza de toga); o terceiro estado, por sua vez, era representado pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero, comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”), trabalhadores urbanos, e os camponeses, totalizando cerca de 97% da população.
Ao logo da segunda metade do século XVIII, a França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra do Sete Anos (1756-1763), contra a Inglaterra, e o auxílio dado aos Estados Unidos na Guerra de Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte absolutista francesa, que possuía um alto custo de vida, era financiada pelo estado, que, por sua vez, já gastava bastante seu orçamento com a burocracia que o mantinha em funcionamento. Soma-se a essa atmosfera duas crises que a França teria que enfrentar: 1) uma crise no campo, em razão das péssimas colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2) uma crise financeira, derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela falta de modernização econômica – principalmente a falta de investimento no setor industrial.
Os membros do terceiro estado (muitos deles influenciados pelo pensamento iluminista e pelos panfletos que propagavam as ideias de liberdade e igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais afetados pela crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e maior representação dentro da estrutura política francesa. Em julho de 1788, houve a convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do terceiro estado e os da nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de estado. Sendo assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e segundo estados contra o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores.
A burguesia, que liderava o terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é, uma assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa proposta não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro estado se declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta do primeiro e do segundo estado. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou.
Em 14 de julho de 1789, a massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do Antigo Regime e, em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de 1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto censitário, a confiscação das terras eclesiásticas, o fim do dízimo, a constituição civil do clero, dentre outros pontos. A partir deste momento, a França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional, que durou de 1791 a 1792.
A ala mais radical da Revolução, os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte, sentando-se à esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se posicionavam à direita), defendiam uma ampliação da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia.
Prevendo a ameaça que vinha dos rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante contrarrevolucionário com o apoio das monarquia austríaca e prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a França e essa declarou guerra àquela. A população parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina em 1793 e a Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano.
Com o fim da Monarquia Constitucional, houve também a dissolução da Assembleia Constituinte e a Convenção Nacional de um novo parlamento. O período da convenção se caracterizou pela forte presença do radicalismo jacobino comandando a Revolução, momento que se tornou conhecido como a fase do Terror (sobretudo por conta do uso indiscriminado da guilhotina como máquina da morte). Nomes como Robespierre, Saint-Just e Danton figuram entre os principais líderes jacobinos. Foi neste período também que a Áustria e Prússia prosseguiram sua guerra contra a França, temendo que a Revolução se espalhasse por seus territórios. No processo de confronto contra essas duas monarquias, nasceu o exército nacional francês, isto é: um exército que, pela primeira vez, não era composto de mercenários e aristocratas, mas do povo de uma nação que se via como nação.
Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma nova fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados. Mas a partir deste mesmo ano a crise social se tornou muito ampla na França, o que exigiu um contorno político mais eficaz, sob pena da volta da radicalização jacobina.
Um dos mais jovens e destacados generais da Revolução, Napoleão Bonaparte, era o nome esperado pela burguesia para dar ordem à situação política francesa. Em 1799, ao regressar do Egito à França, Napoleão encontrou um cenário conspiratório contra o governo do Diretório. Foi neste cenário que ele passou a figurar como ditador, inicialmente, dando o golpe de 18 de Brumário (segundo o calendário revolucionário), e depois como imperador da França. O Período Napoleônico durou de 1800 a 1815 e mudou o cenário político do continente europeu, ao passo que expandiu o ideal nacionalista para várias regiões do mundo.
                        Fonte: https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-francesa.htm em 16/05/2020.

Antes de responder os exercícios faça um levantamento do vocabulário do texto que você não conhece e procure o significado dessas palavras. Vale utilizar o grupo do WhatsApp para isso.
Questões:

1 – Qual era a situação política e econômica da França antes da Revolução?

2 – Faça uma pirâmide da sociedade francesa nesse período, a partir das informações fornecidas pelo texto.

3 – Por que o rei Luís XVI e sua esposa foram guilhotinados?

4 – Explique as diferenças entre Girondinos e Jacobinos.

5 – Em que contexto histórico Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França?


As Treze Colônias da América - 7° Ano








Treze Colônias Americanas
BNCC: EF69LP03, EF69LP21, EF69LP30, EF07HI02, EF07HI08, EF07HI09, EF07HI10, EF07HI14

As Treze Colônias e a Formação dos Estados Unidos - Toda Matéria

O termo Treze Colônias Americanas refere-se às unidades originais que se tornaram oficialmente independentes da Grã-Bretanha em 1783 e, mais tarde, ajudariam a formar o atual Estados Unidos da América. Eram elas: Massachusetts, Nova Hampshire, Rhode Island, Nova York, Connecticut, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia. As 13 colônias foram fundadas ao longo do século XVII por colonos ingleses que fugiram de seu país natal de um conturbado quadro político e religioso. Formadas e desenvolvidas em diferentes momentos, as 13 colônias acabaram por não ter unidade política, sendo neste sentido questionável alegar a existência de uma “América inglesa” durante o período.
Os primeiros colonos ingleses a se fixarem em terras americanas ficaram conhecidos como “pais peregrinos”. De fé puritana, eles foram romantizados pela tradição estadunidense como tendo sido os “pais da nação” após chegarem por meio do navio Mayflower, apesar da existência anterior de ampla população indígena. Entretanto, deve ser de fato atribuído aos primeiros habitantes ingleses das Américas o início do modelo de autogoverno que marcaria boa parte da trajetória das 13 colônias dali por diante. Entretanto, nas regiões do sul, eventualmente dominadas por grandes propriedades, as relações entre as colônias e a metrópole eram bem mais fortes, enquanto que no norte os pequenos proprietários contribuíram de fato para a construção paulatina de uma autonomia regional.
Na ausência de um particular interesse por parte do governo da Inglaterra em dedicar-se à cara tarefa da colonização após curta tentativa fracassada no início do século XVII, foram os colonos protestantes que protagonizaram o esforço de fixação nas novas terras. Este tinha seu centro na questão educacional: a primeira universidade norte-americana, Harvard, foi fundada na região de Massachusetts logo em 1636. Ao final do século, entretanto, a liderança protestante enfraqueceu-se, permitindo que outras formas religiosas florescessem. A região da Pensilvânia, por exemplo, nasceu como uma colônia quaker. À medida que era estabelecida uma organização política, as colônias ganharam governadores, conselhos e assembleias que estabeleceram definitivamente a participação política da população inglesa em detrimento da nativa. Isso se deu em paralelo ao processo de desenvolvimento econômico das colônias, que ocorreram de formas diferenciadas de acordo com as realidades geográficas específicas.
As colônias localizadas ao norte – conhecidas em seu conjunto como Nova Inglaterra - tinham um clima mais similar ao existente na Europa, e, assim, pouco poderiam produzir que instigasse uma procura comercial daquele continente. Naturalmente, portanto, acabou por se construir uma economia manufatureira voltada mais ao mercado interno, formada em sua maior parte por trabalho familiar livre ou assalariado, embora também ali existisse o centro do que seria conhecido como “comércio triangular”. Feito entre a região em questão, a África e as Antilhas, ele envolvia basicamente a compra de melado e cana-de-açúcar das Antilhas, que após serem transformados em rum na Nova Inglaterra eram trocados por escravos em África. Os escravos, então, eram vendidos para trabalhar forçosamente nas Antilhas, reiniciando o processo econômico. As colônias localizadas ao sul, por sua vez, tinham um clima mais tropical, podendo desenvolver uma economia mais atiçadora perante a Europa. A região seria marcada pela monocultura de tabaco, produzida em maior parte por mão-de-obra escrava. Apesar de ser extremamente lucrativa, a economia das colônias do sul também as colocavam em dependência da Inglaterra, de onde compravam grande parte do que necessitavam cotidianamente.
Além das colônias do norte e do sul, existiam também as colônias centrais. Dominadas originalmente pelos holandeses, elas foram as últimas das 13 colônias originais a caírem sobre o domínio inglês, e tinham uma economia agrícola formada em sua maior parte por trabalhadores livres em pequenas propriedades, apesar de também possuir manufaturas. (...)      
                      Fonte: https://www.infoescola.com/historia/treze-colonias-americanas/, em 03/06/2020.
Use o verso da folha para responder as questões.
1 – Como surgiram as treze colônias?
2 – Como era a relação da Inglaterra com essas colônias?
2 – Quem eram os “pais peregrinos” segundo o texto?
3 – Aponte as diferenças entre as colônias do Norte, do Centro e do Sul.
4 – Explique como funcionava o comércio triangular.